
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, de forma unânime, pela aposentadoria compulsória do juiz federal Orlan Donato Rocha, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), após denúncias de assédio e importunação sexual cometidas contra colaboradoras e uma servidora entre 2014 e 2022. A decisão foi tomada na 17ª Sessão Ordinária de 2025, realizada na terça-feira (9).
O caso chegou ao CNJ por meio de uma Revisão Disciplinar, após o TRF5 aplicar ao magistrado apenas a pena de censura. O relator, conselheiro Ulisses Rabaneda, considerou a punição desproporcional diante da gravidade e da continuidade das condutas. O voto dele começou a ser analisado na 12ª Sessão Virtual, em setembro, e foi retomado na 13ª Sessão Ordinária, em outubro.
Rabaneda ressaltou em seu relatório que a atuação de magistrados deve se guiar pela irrepreensibilidade e pela conduta exemplar na vida pública e privada. “Quando esses deveres são violados de forma grave e sistemática, a resposta institucional não pode ser tímida ou indulgente, sob pena de se comprometer a credibilidade do Poder Judiciário e a confiança da sociedade em suas instituições”, ressaltou.
As denúncias apresentadas ao CNJ relataram episódios recorrentes de comportamento abusivo. Entre eles, insinuações de cunho sexual, olhares intimidadores, perseguições dentro do gabinete e outras práticas que caracterizam assédio e violação de dever funcional. O juiz manterá apenas os vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. A aposentadoria compulsória é a punição administrativa mais severa prevista para membros do Judiciário.
Relacionadas
Moraes determina que Bolsonaro passe por perícia após pedido de cirurgia da defesa
11/12/2025 às 19:00
Por Redação
PF investiga desvio de R$ 15 milhões em alvarás da Justiça do Trabalho
11/12/2025 às 15:00
Por Redação
Defesa de Bolsonaro pede saída temporária da prisão para cirurgias
11/12/2025 às 14:00
Por Redação
